quarta-feira, 14 de março de 2012

Infecções Orofaríngeas








  



  As infecções orofarigeas são as infecções de boca-faringe-laringe. As infecções orofaríngeas nos leva às amigdalites agudas, ou anginas tipicas. Essas infecções podem ocorrer em qualquer idade, porém tem sua incidência máxima nas crianças após 5 anos. Uma patologia comumente associada às anginas é a amigdalite, isto é, infecção da amígdala faríngea, que nas faixas etárias pediátricas, costuma ter uma hiperplasia acentuada( as "vegetações adenóideas").
  As anginas têm origem viral e bacteriana em cerca de 50% dos casos. Entre os vírus, destacam-se os adenovírus (ou vírus do resfriado comum) e o vírus de Epstein-Bar que causa a mononucleose infecciosa, conhecida tradicionalmente como "doença do beijo" por causa da via de transmissão (é especifica dos adolescentes)
  Quanto as bactérias, o principal agente etiológico é o ESTREPTOCOCO B - hemolítico do GRUPO A (responsável pela febre reumática), porém também podem ser encontrados Mycoplasma, Staphylococos Aurus ou Haemophilus.
  As amigdalites bacterianas são conhecidas como eritêmato-plutáceas ( ou brancas), para diferenciá-las das virais, ou "roxas", que produzem inflamação acentuada da amígdala com exsudato esbranquiçado.
  As faringoamigdalites menos comuns são causadas por fungos ( candidíase) e as que acompanham doenças hematológicas como a agranulocitose e a leucemia. Apesar do seu nome, Angina de Ludwing não é propriamente uma infecção amigdaliana, mas sim uma coleção supurada no assoalho da boca, habitualmente secundária à afecção dentária, esta condição não é comum em crianças.
  As manifestações clínicas da amigdalite são caracterizadas basicamente por febre, odinofagia em alguns acompanhadas de otalgia reflexa. No pescoço, podem ser palpadas adenopatias pequenas do tipo inflamtório, moles e dolorosas à palpação.
  O diagnóstico etiológico das amigdalites sempre eram deixados um pouco de lado, devido à eficácia e rapidez do tratamento antibiótico empírico e do fato de que os exames microbiológicos realizados apartir das laminas de esfregaço da faringe sempre serem demorados. Para eliminar esses inconvenientes, temos hoje em dia os  "testes para diagnóstico rápido" baseados na detecção dos antígenos estreptocócicos, chamados de Antiestreptolisina O. Seus títulos se elevam derante a convalescência da faringite estreptococica.
  Temos o hemograma total, onde se revela uma leucocitose com neutrofilia e desvio para a esquerda nas formas estreptocócicas. Nas formas viróticas a contagem de leucócitos está geralmente abaixo de 10.000/mm³, sem alteração da contagem diferencial.
  O tratamento clinico das amigdalites tem sido há muitos anos a penicilina. Isto ainda se aplica hoje em dia, porém o aparecimento de resistências a esse antimicrobiano obrigou-nos a buscar alternativas como as penicilinas semi-sinteticas, amoxicilina e ampicilina, (amplofem) e os macrolídeos. Além disso recomendar repouso absoluto, controle dos sinais tensionais (vitais), alimentação liquida ou segunda aceitação; tudo isso segundo prescrição médica. Observar a recorrência dessas amigdalites e procurar o médico para detectar complicações.
  A amigdalectomia não é realizada hoje em dia com o mesmo entusiasmo de há alguns anos atrás, porém ainda está indicada nos casos de recidivas frequentes que afetam negativamente a vida social do paciente.
 
bibliografia:
P.Abello, J. Traseira. Otorrinolaringologia. Barcelona: Doyna, 1992.

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