domingo, 24 de junho de 2012

CELULAS DO SANGUE


Células do sangue


O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na medula óssea vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), oxigênio e gás carbônico. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada plasma. As células são classificadas em Leucócitos (ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa; eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigênio; e plaquetas (fatores de coagulação sanguínea).
Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue em anfíbios, répteis, aves e mamíferos (entre eles, o ser humano).

Composição do sangue

→ 45% de elementos figurados (células): Hemácias, leucócitos e plaquetas.
→ 15% de plasma (substância intercelular).
→ 40% de orgão (maior tecido orgaminoso do corpo humano).
  • Hemácias
→ função: realizar a respiração celular, ao transportar oxigênio e parte de gás carbônico pela hemoglobina. São estocadas no baço, que por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias (por ex., ao se fazer esforço físico) e destruir hemácias velhas, reciclando a hemoglobina.
→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.
  • Leucócitos
→ função: imunológica ou de defesa do organismo.
→ São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)
  • Plaquetas
→ São fragmentos de células da medula óssea chamadas megacariócitos.
→ função: realizar a coagulação sanguínea.
  • Plasma
→ função: transporte (de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias dissolvidas, como proteínas (albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; anticorpos; fibrinogênio); nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos úricos, amônia); hormônios (testosterona, adrenalina); imuneglobulinas (ou anticorpos); sais/íons (sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H2CO3). O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células a receber nutrientes e excretar e/ou secretar substância geradas no metabolismo.
→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias

Dados do sangue humano

Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue circulante.
Valores normais para eritrócitos, hemoglobina, hematócrito
Tipo de indivíduo
Eritrócitos (x 106/mm3)
Hemoglobina (g/100ml)
Hematócrito (%)
Recém nascidos (a termo)
4 - 5,6
13,5 - 19,6
44 - 62
Crianças (3 meses)
4,5 - 4,7
9,5 - 12,5
32 - 44
Crianças (1 ano)
4,0 - 4,7
11,0 - 13
36 - 44
Crianças (10 a 12 anos)
4,5 - 4,7
11,5 - 14,8
37 - 44
Mulheres (em situação de gravidez)
3,9 - 5,6
11,5 - 16,0
34 - 47
Mulheres (normais)
4,0 - 5,6
12 - 16,5
35 - 47
Homens
4,5 - 6,5
13,5 - 18
40 - 54

Transfusão

A transfusão sangüínea é realizada para repor a perda do fluido corpóreo devido a alguma doença ou trauma grave que venha a trazer perda substancial que não possa ser reposta pela própria pessoa.

Saúde e doença

Diagnóstico

O exame de sangue e de pressão sanguínea estão entre os mais comumente métodos de diagnóstico investigativo que envolve o sangue.

Patologia

Problemas com a circulação sanguínea desempenham um papel importante em diversas doenças, por exemplo:
  • Isquemia
  • Hemofilia
  • Leucemia
O sangue é um importante fator de infecção para diversos patógenos, como:
  • HIV, o vírus que causa a SIDA.
  • Hepatite B
  • Hepatite C
  • Sífilis
  • Doença de Chagas

Tratamento

A transfusão de sangue é o modo mais direto de uso terapêutico de sangue. Ele é obtido através da doação de sangue. Como existem diferentes tipos de sangue, e a transfusão de um tipo errado pode causar muitas complicações no receptor, são feitos exames de compatibilidade.
Outros produtos do sangue administrados intravenosamente são as plaquetas, plasma sanguíneo e concentrados de fator de coagulação específicos.
Muitas formas de medicação (dos antibióticos à quimioterapia) são administradas intravenosamente, já que elas não podem ser prontamente ou adequadamente absorvidas pelo trato digestivo.
Como dito acima, algumas doenças ainda são tratadas com a remoção de sangue da circulação.

Consequências da inalação de monóxido de carbono em excesso

Ao chegar ao baço e também ao fígado, as hemácias "velhas" são eliminadas e o organismo cria novas hemácias, assim ficando livre do que já não serve mais. O baço seria como a lixeira do sangue, onde as hemácias já envelhecidas e sem uso são descartadas do organismo.
As hemácias se desprendem facilmente das moléculas de oxigênio quando este chega aos pulmões. Só que, quando há a introdução de Monóxido de carbono no organismo, as hemácias se unem às moléculas desse gás tóxico que é inalado todos os dias por nós.
Aquando ligadas às moléculas de monóxido de carbono, as hemácias se unem a elas permanentemente, e não conseguem mais se desprender (a ponte molecular é muito forte), ficando impossibilitadas de servirem ao transporte do oxigênio. O oxigênio então fica solto no sangue e não consegue atingir as células que necessitam de sua energia para continuarem vivas. O monóxido de carbono, estando em excesso como está atualmente na atmosfera, é inalado, sendo um grande "capturador" de hemácias, faz com que o transporte de oxigênio no corpo fica prejudicado à nível celular em todo o corpo do indivíduo.
As hemácias presas ao monóxido de carbono tornam-se inúteis no organismo, e são transportadas para o baço e ao fígado, para serem eliminadas, pois o organismo passou a "entendê-las" como inimigas. Por serem em número maior do que poderiam ser eliminadas normalmente, esse excesso de hemácias mortas causa uma sobrecarga no baço e no fígado, provocando seu mal-funcionamento, pois que eles não conseguem eliminar esse número tão elevado de hemácias diariamente. E elas se acumulam, enquanto o fluxo de oxigênio no sangue é prejudicado pela escassez de hemácias "boas", livres do monóxido, ou mesmo hemácias novas, que não são produzidas com a rapidez e qualidade que o organismo exposto à alta concentração de monóxido de carbono necessita.
O excesso de "morte" de hemácias e a incapacidade de produção de um número tão grande para reposição de hemácias no corpo provocam uma forma de anemia crônica.

Efeitos nos demais órgãos do corpo humano

Ainda concomitante à escassez de oxigênio no corpo pelo fracasso no transporte para as células, e a sobrecarga no baço e no fígado pelas hemácias+CO eliminadas pelo órgão, o corpo sofre. Os rins têm que trabalhar excessivamente para garantir maior pureza no sangue e em todo o sistema; os pulmões se tornam sobrecarregados pelo trabalho excessivo do coração que tem que bater mais e mais rápido, para garantir um fluxo melhor de oxigênio e também para dominar a anemia.
O coração se torna maior com o excesso de trabalho, trazendo líquidos aos pulmões, que se tornam carregados, provocando má respiração, bronquites e prejudicando ainda mais a ventilação do organismo, com outros distúrbios também como gástricos e intestinais.
E, ao final, o cérebro, com pouca carga de oxigênio, fica falho e ocorrem problemas mais sérios, como falta de memória, distúrbios de sono, nervosismo, ansiedade - a chamada síndrome do pânico; e, ao final, o organismo pode se ver inteiramente colapsado.
bibliografia
VERRASTRO, Therezinha. Hematologia e hemoterapia. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.

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