Células do sangue
O sangue é um tecido conjuntivo líquido que
circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é
produzido na medula óssea vermelha e tem como função a manutenção da vida do
organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), oxigênio
e gás carbônico. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que
constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em
uma parte líquida chamada plasma. As células são classificadas em Leucócitos
(ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa; eritrócitos (glóbulos
vermelhos ou hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigênio; e plaquetas
(fatores de coagulação sanguínea).
Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue
em anfíbios, répteis, aves e mamíferos (entre eles, o ser humano).
Composição do sangue
→ 45% de elementos figurados (células): Hemácias,
leucócitos e plaquetas.
→ 15% de plasma (substância intercelular).
→ 40% de orgão (maior tecido orgaminoso do corpo humano).
→ 15% de plasma (substância intercelular).
→ 40% de orgão (maior tecido orgaminoso do corpo humano).
- Hemácias
→ função: realizar a respiração celular, ao transportar
oxigênio e parte de gás carbônico pela hemoglobina. São estocadas no baço, que
por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias (por ex., ao se fazer
esforço físico) e destruir hemácias velhas, reciclando a hemoglobina.
→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.
→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.
- Leucócitos
→ função: imunológica ou de defesa do organismo.
→ São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)
→ São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e linfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)
- Plaquetas
→ São fragmentos de células da medula óssea chamadas
megacariócitos.
→ função: realizar a coagulação sanguínea.
→ função: realizar a coagulação sanguínea.
- Plasma
→ função: transporte (de hemácias, leucócitos, plaquetas
e outras substâncias dissolvidas, como proteínas (albumina, responsável pela
manutenção da pressão osmótica sanguínea; anticorpos; fibrinogênio); nutrientes
(glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos úricos, amônia);
hormônios (testosterona, adrenalina); imuneglobulinas (ou anticorpos);
sais/íons (sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H2CO3).
O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células
a receber nutrientes e excretar e/ou secretar substância geradas no
metabolismo.
→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias
→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias
Dados do sangue humano
Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue
circulante.
Valores normais
para eritrócitos, hemoglobina, hematócrito
|
|||
Tipo de
indivíduo
|
Eritrócitos
(x 106/mm3)
|
Hemoglobina (g/100ml)
|
Hematócrito (%)
|
Recém nascidos (a
termo)
|
4 - 5,6
|
13,5 - 19,6
|
44 - 62
|
Crianças (3 meses)
|
4,5 - 4,7
|
9,5 - 12,5
|
32 - 44
|
Crianças (1 ano)
|
4,0 - 4,7
|
11,0 - 13
|
36 - 44
|
Crianças (10 a 12 anos)
|
4,5 - 4,7
|
11,5 - 14,8
|
37 - 44
|
Mulheres (em
situação de gravidez)
|
3,9 - 5,6
|
11,5 - 16,0
|
34 - 47
|
Mulheres (normais)
|
4,0 - 5,6
|
12 - 16,5
|
35 - 47
|
Homens
|
4,5 - 6,5
|
13,5 - 18
|
40 - 54
|
Transfusão
A transfusão sangüínea é realizada para repor a perda do
fluido corpóreo devido a alguma doença ou trauma grave que venha a trazer perda
substancial que não possa ser reposta pela própria pessoa.
Saúde e doença
Diagnóstico
O exame de sangue e de pressão sanguínea estão entre os
mais comumente métodos de diagnóstico investigativo que envolve o sangue.
Patologia
Problemas com a circulação sanguínea desempenham um papel
importante em diversas doenças, por exemplo:
- Isquemia
- Hemofilia
- Leucemia
O sangue é um importante fator de infecção para diversos
patógenos, como:
- HIV, o vírus que causa a SIDA.
- Hepatite B
- Hepatite C
- Sífilis
- Doença de Chagas
Tratamento
A transfusão de sangue é o modo mais direto de uso
terapêutico de sangue. Ele é obtido através da doação de sangue. Como existem
diferentes tipos de sangue, e a transfusão de um tipo errado pode causar muitas
complicações no receptor, são feitos exames de compatibilidade.
Outros produtos do sangue administrados intravenosamente
são as plaquetas, plasma sanguíneo e concentrados de fator de coagulação
específicos.
Muitas formas de medicação (dos antibióticos à
quimioterapia) são administradas intravenosamente, já que elas não podem ser
prontamente ou adequadamente absorvidas pelo trato digestivo.
Como dito acima, algumas doenças ainda são tratadas com a
remoção de sangue da circulação.
Consequências da inalação de monóxido de carbono em excesso
Ao chegar ao baço e também ao fígado, as hemácias
"velhas" são eliminadas e o organismo cria novas hemácias, assim
ficando livre do que já não serve mais. O baço seria como a lixeira do sangue,
onde as hemácias já envelhecidas e sem uso são descartadas do organismo.
As hemácias se desprendem facilmente das moléculas
de oxigênio quando este chega aos pulmões. Só que, quando há a introdução de
Monóxido de carbono no organismo, as hemácias se unem às moléculas desse gás
tóxico que é inalado todos os dias por nós.
Aquando ligadas às moléculas de monóxido de carbono,
as hemácias se unem a elas permanentemente, e não conseguem mais se desprender
(a ponte molecular é muito forte), ficando impossibilitadas de servirem ao
transporte do oxigênio. O oxigênio então fica solto no sangue e não
consegue atingir as células que necessitam de sua energia para continuarem
vivas. O monóxido de carbono, estando em excesso como está atualmente na
atmosfera, é inalado, sendo um grande "capturador" de hemácias, faz
com que o transporte de oxigênio no corpo fica prejudicado à nível celular em
todo o corpo do indivíduo.
As hemácias presas ao monóxido de carbono tornam-se
inúteis no organismo, e são transportadas para o baço e ao fígado, para serem
eliminadas, pois o organismo passou a "entendê-las" como inimigas.
Por serem em número maior do que poderiam ser eliminadas normalmente, esse
excesso de hemácias mortas causa uma sobrecarga no baço e no fígado, provocando
seu mal-funcionamento, pois que eles não conseguem eliminar esse número tão
elevado de hemácias diariamente. E elas se acumulam, enquanto o fluxo de
oxigênio no sangue é prejudicado pela escassez de hemácias "boas",
livres do monóxido, ou mesmo hemácias novas, que não são produzidas com a
rapidez e qualidade que o organismo exposto à alta concentração de monóxido de
carbono necessita.
O excesso de "morte" de hemácias e a
incapacidade de produção de um número tão grande para reposição de hemácias no
corpo provocam uma forma de anemia crônica.
Efeitos nos demais órgãos do corpo humano
Ainda concomitante à escassez de oxigênio no corpo pelo
fracasso no transporte para as células, e a sobrecarga no baço e no fígado
pelas hemácias+CO eliminadas pelo órgão, o corpo sofre. Os rins têm que
trabalhar excessivamente para garantir maior pureza no sangue e em todo o
sistema; os pulmões se tornam sobrecarregados pelo trabalho excessivo do
coração que tem que bater mais e mais rápido, para garantir um fluxo melhor de
oxigênio e também para dominar a anemia.
O coração se torna maior com o excesso de trabalho,
trazendo líquidos aos pulmões, que se tornam carregados, provocando má
respiração, bronquites e prejudicando ainda mais a ventilação do organismo, com
outros distúrbios também como gástricos e intestinais.
E, ao final, o cérebro, com pouca carga de oxigênio, fica
falho e ocorrem problemas mais sérios, como falta de memória, distúrbios de
sono, nervosismo, ansiedade - a chamada síndrome do pânico; e, ao final, o
organismo pode se ver inteiramente colapsado.
bibliografia
VERRASTRO, Therezinha.
Hematologia e hemoterapia. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
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